Um.

Um monte mundano de mudanças.
Um litro de lábia louca e limpa pra lazer.
Uma dose de dúvidas diárias de coração quase destro.
Um quilo de quereres quietos que condizem com meu saber.
Um saco de saberes burros que sorriem quando tropeçam em você.
Um tanto de ternura e tesão que testam seu maestro.
Um pote de poeira que enche o meu doer.
Um combo de caminhos e de andanças.
Um botão de boa hora até que vá embora.
Um vaso de vazio que completa meu vasto de mim.
Um gole de gargantas e gargalhadas que agarram meu teatro.
Um resto de ratoeiras e armadilhas que matam os resquícios desse amor.
Um assunto não resolvido pouco assumido assim passado.
Uma era de éramos e de estátuas hereges no fim.
Um outono de você em mim outrora.
Um tudo de nada em mim. Um pouco de muito de você. Um nada desse pouco quase tudo de dor.
Um pouco de mim e muito de (querer) você.
Um pouco de mim.
E muito (muito mesmo) de nada de você.

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