Partido

Quando parto
Fico inteiro
E deixo parte

Quando parto
Sou toda
Pedaços 
De saudade.

Que arde.
Que ardo.

Te vi.

e meus olhos abertos
pareciam sonhar.

Me-dou

Tenho medo de ser meio
Quero ser tudo sem precisar ser dela
Tenho medo de ser meio meu
Sabe, meio eu, meio ela
Quero que eu só precise de mim
Para que assim
Eu possa ser inteiro eu
________________e todo dela.

Id X Ego

Quando é amor, sou Pedro.

Quando é Paixão, sou eu.

Quando não sei o que é, não sei o que sou.


 E sigo assim.
 Pertencendo só a mim. 

another tripé

Gosto do carinho
da presença
do sexo.

 E acho que era exatamente por não me faltar nenhum dos três que não precisava de absolutamente nada além disso. Era por ter os três que não havia lugar para ciúme ou pressa, brigas ou repressão.
Mas a falta de um, me fez destruir todo o restante. Não soube lidar com tua ausência e te perdi de vez.

Que saudade do carinho
do sexo

da presença.

Sozinho.

Das minhas dores, só eu sei. As minhas dores, só eu sinto. Que saudade da menina de oxossi. Que saudade de ter alguem que goste de mim, e que eu goste de volta. Que saudade de ser de alguém. Que dor que me dói não ter ninguém. E eu nunca pensei que diria isso um dia. Que vontade de estar junto.

Incompetente.

Não sei se a dor maior é a de perdê-la... Ou se é por pena de mim mesmo, pela incompetência em manter quem eu gosto perto. Acho que é um misto dos dois. A certeza é só a dor.

Nós apertados

Perdi meu bem. Ela nao era minha, nem eu era dela. Mas a gente era, sim, um nós. Nosso nós foi desfeito pelo nó que fui e sou. Desata, Pedro. Desata.

Gota D'água

E cada pessoa com quem eu me relaciono só aumenta minha certeza: Não tenho paciencia e não sei lidar com pessoas.

Não tenho paciencia e não sei lidar

comigo.

D.

Eu a uso pro meu bem.
Ela me quer bem.
E assim, nas idas e vindas dos nossos encontros, a gente se dá bem.
A gente se dá.
Meu bem.

Essa menina

Essa menina mexeu com minhas loucuras, minhas verdades absolutas e minhas caretices.
Essa menina me deixou são e louco assim, ao mesmo tempo.
Ah, essa menina.
Ela diz que eu a confundo.
Mas é ela que me dá certeza de todas as minhas confusões.


Seus piercings e seus beijos se enroscam nos meus.
Eita, menina. Sou quase tão meu, quanto seu.

Ser a sós a dois.

Ela é do mundo.

Eu sou só de mim.

E no fim das contas, a gente meio que se completa assim.

O fim de mim

Um ano se passou do fim. E ele ainda o acompanha.
Leu seus rabiscos em cadernos, todos anteriores ao amor. Percebeu que so escrevia antes de conhece-la. E como escrevia...
Falava de amor e paixoes como ninguem. Era um verdadeiro poeta. Um tradutor de emocoes. Amava. Escrever. E quando lhe faltava inspiracao, procurava amor em cada fresta que via, se apaixonava por tantas, de tao diferentes formas, intensidades, vontades... Se apaixonava sempre e isso era o que alimentava sua escrita. Alias. Nao sei dizer se o alimento da inspiracao era a paixao ou o vazio que esse sentimento lhe dava... Quem sabe os dois? O que sabe é que quando encontrou, de fato, o amor, parou de escrever. De ver filmes. De desenhar. De sair sozinho para ver a lua. Quando encontrou o amor, parou de buscar o que lhe fazia feliz. Achou que havia encontrado.
Acontece que o amor acabou, e nao lhe sobraram palavras, frames, papeis ou luas. Nao lhe sobrou nada. Deixou de fazer o que lhe fazia bem para fazer bem ao seu bem. Má ideia. O amor acabou e a vida que tinha, nao só com ela, mas, especialmente, a vida que tinha antes dela, foi soterrada em meio a um monte de dores. Perdeu alguns quilos e a vontade de viver. Perdeu tudo. Ela era seu tudo.
 Um ano se passou do fim, e ele ainda o acompanha. Nao sei dizer se ele errou em se permitir amar tanto, mas ter deixado todo o resto que ele costumava amar, nao lhe caiu bem. Lhe derrubou, alias. Perdeu a paixao e o chao. Perdeu-se. Do amor sobraram algumas magoas, até que consegue esconde-las. Nao sempre. As vezes, nao poucas, elas sao maiores que todas e ele olha suas agulhas... E entao toma seus remedios, buscando neles a vontade de viver. As vezes encontra. As vezes... suporta.
 Nao tinha amigos, nao confiava em ninguem. É, de forma literal, ninguem. Abriu uma exceçao para o seu amor, que lhe abriu ao meio, arrancou seu coraçao e o trucidou. Haha. Fez tudo errado. Ou nao? Sabe que amou, com todo amor que podia. É, de forma literal, todo. Inclusive com aquele que reservava para as palavras, os desenhos, os filmes e a lua. Usou todo seu amor, nela.
 Nao sabe dizer se valeu a pena. As vezes pensa, para ela começou e terminou como todos os outros. Nao tem muita certeza se o durante o foi tambem. Pode ser que sim, e isso nunca saberá. Só sabe de si. E é tao pouco.
 Hoje lhe deu vontade de escrever. Assim mesmo, sem muitos acentos ou conjugaçoes corretas. Se permitiu.
E assim será.
 Até que o fim
Saia de mim.

Recomeco

Tinha muitas certezas e todas se desfizeram. Perdi tudo que achava que compreendia e agora me encontro aberto novamente. Tudo novo. Revivendo. Ressentindo. Reaprendendo.
A dor da duvida e da incompreensao me angustia, mas nao ter certeza me faz querer ir alem.

E eu vou.


Redescobrir.

Aquario

Me mordes, te bato, me gritas, te ardo. E nos rebolicos dos lencois, me perco em tua boca, entro em teu corpo, me afogo nos teus fluidos.
Morres e me matas de prazer.

Suicídio

Permiti que o amor entrasse, e com ele veio a raiva, o desencanto, as decepções, o arrependimento. Quem dera Deus eu pudesse apagar o dia que a conheci e assim tirá-la da minha vida e da minha memória. Só Lacuna Inc pra me tirar esse gosto de morte da boca. Me odeio por ter me permitido te amar um dia. Odeio.

Ondas do olhar

(Just in case you decide to learn portuguese someday...)

Naveguei no oceano dos teus olhos. E neles naufraguei.

 Espero um dia me encontrar

nas areias

 do teu

 mar.

Pegadas de um caminhar

Como decifrar-me se tudo que sei de mim é o que fui? Meu todo é como pegada na areia, que só é vista quando o passo é dado. Nem antes, nem durante. Só depois. Só posso avaliar o que passou. As marcas que o presente deixa ficam no passado. Então é só isso que tenho: passados. Sei de todos que fui, e por ser tantos não sei qual nem quem sou agora, nem quem serei quando o agora for passado também. Mas não tenho pressa. Nem de saber nem de ser. Deixa assim. Em todos os amanhãs saberei quem fui ontem. É só olhar na areia. É que mais bonito que a pegada, é o caminhar.